Facetas Diferentes da Mesma Jóia
Ninguém pode negar a própria existência. ‘EU SOU’ (não a palavra mas a realidade subjacente) – é a única certeza que temos; É a única coisa que podemos dizer sem entrar no mundo dos conceitos e idéias. VOCÊ É esta Presença subjacente a toda existência. Isso é o fator principal; Isso é a essência; A base. O resto é apenas um espetáculo secundário…
Há um outro lado nisso: Se nos somos AQUILO (Consciência-Presença), a identificação exclusiva e compulsiva com ‘alguma coisa’ menor (‘a pessoa’, ‘a personagem’) necessariamente deve ser errôneo.
Não existe nenhum ponto dentro de você, do qual pode dizer ‘é isso’ ou ‘é aqui que eu sou’. Procure ‘a pessoa’ e não vai achar ninguém (ou nenhuma coisa) que não seja um conceito…
A Identificação falsa cria a dualidade entre ‘eu aqui dentro’ e o ‘mundo ali fora’. Se não existe uma entidade separada da Realidade, também não há a dualidade de sujeito e objeto.
Vendo deste jeito, a própria busca por ‘alguma coisa’ se torna problemática. Se você já é Aquilo – não há ninguém para vir a ser iluminado ou desperto. Há dois conceitos errados aqui: tempo (se tornar) e ‘você’ (uma pessoa separada da Realidade).
Isso não nega a existência de experiências místicas – samadhi, satori, siddhis , e outras. Só que essas, como experiências, (independente do que que eles revelam) sempre serão transientes e não substituem o pleno reconhecimento da nossa natureza verdadeira como AQUILO (nem acrescentam nada a ela).
Isso também não quer dizer que certas práticas não podem ser benéficas para o corpo e a mente. Mas elas nunca vão tornar alguém algo mais do que já é.
Apesar das aparências – e isso não pode ser enfatizado demasiadamente – NÃO existe um ‘corpo de conhecimento’ ou informação necessário para ‘ter’, ‘obter’, ou ‘carregar’ aqui.